sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Bombeiros não têm mais esperanças de encontrar sobreviventes do desabamento


O secretário estadual de Defesa Civil e comandante do Corpo de Bombeiros, Sergio Simões, admitiu na tarde desta sexta-feira (27) que não há mais esperança de que sejam encontrados sobreviventes do desabamento dos três edifícios no centro do Rio. Treze corpos já foram retirados dos escombros e pelo menos 15 pessoas estão desaparecidas.
“Embora a cultura do Corpo de Bombeiros seja movida pela esperança, pela motivação, em razão do cenário que a gente está verificando e pelo tempo passado do acidente, eu preciso dizer que a gente não trabalha mais com a possibilidade de sobreviventes”, disse Simões.
Vítimas dos desabamentos
Doze corpos já foram encontrados entre escombros dos prédios que desabaram no Rio de Janeiro e 15 pessoas ainda permanecem desaparecidas.
Nove corpos já passaram pelo Instituto Médico Legal. Os corpos já identificados são de Alessandra Alves Lima, de 29 anos; Celso Renato Cabral Filho, de 44 anos; Nilson de Assunção Ferreira, de 50 anos; Elenice Maria Consani Quedas, catadora de papel, de aproximadamente 50 anos, Cornélio Ribeiro Lopes, de 73 anos, porteiro do prédio número 44 da Avenida Treze de Maio; e sua mulher, Margarida Vieira de Carvalho, de 65 anos.
Alguns desaparecidos são: Omar José Mussi, 48 anos; Amaro Tavares da Silva, 40 anos; Sabrina Prado, 30 anos; Ana Cristina Silveira, 50 anos; Bruno Charles, 25 anos; Daniel de Souza Jorge, 26 anos; Fábio Correia; Flávio Porrozi, 23 anos; Gustavo Cunha; Kelly Menezes; Luís Leonardo Vasconcelos, 40 anos; Moisés Morais da Silva, 43 anos; Marcelo de Lima, 48 anos; Nilson Ferreira, 50 anos; Priscila Montezano, 23 anos; Roosevelt da Silva; Flávio de Souza, 70 anos; Marlene; Franklin; e Yokania Mauro, 33 anos.
Sobreviventes
O operário Alexandro da Silva Fonseca [foto] foi resgatado na noite de quarta-feira (25) pelos bombeiros, dentro do elevador de um dos três prédios que desabaram na Avenida 13 de Maio.
Fonseca contou que ouviu um estalo e logo depois o prédio começou a ruir. Imediatamente, correu para o elevador, a fim de se proteger.
Depois do susto do acidente, o operário disse que os parentes terão mais importância. “Via minha família apenas um dia na semana, agora ela será minha prioridade.”
Fonseca vai depor nesta sexta-feira na 5ª Delegacia de Polícia, na Avenida Gomes Freire, no centro do Rio.
Tremor
Os indícios de que houve um tremor nos três edifícios que desabaram foram reforçados pelo depoimento de Marcelo Antunes Moreira, que era zelador do edifício Colombo. Ele estava no 7.o andar quando notou que havia algum problema no prédio vizinho e tentou fugir pelas escadas, mas só conseguiu chegar ao 6.o andar antes do desmoronamento.
Em meio aos escombros, consciente, mas com a maior parte do corpo imobilizado, ele notou que um bombeiro caminhava sobre as pedras. Com a mão esquerda, a única que conseguia movimentar, tocou o coturno do bombeiro para chamar sua atenção. Marcelo foi salvo, com ferimentos superficiais no rosto e nos braços. Levado ao hospital, ele recebeu alta na quinta-feira.

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